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Filhos Gratos – Jornal Árvore da Vida

Um dos papéis mais significativos dos pais é educar os filhos. Se, desde o princípio, os filhos forem deixados por conta deles mesmos ou das tendências humanas naturais, dificilmente se verá neles algo virtuoso. Educar é encaminhar os filhos por caminhos contrários àqueles que sua natureza humana indicaria. O egoísmo é um dos primeiros traços que desabrocha em uma criança, um dos primeiros a desenvolver-se e um dos últimos a ser eliminado, quando trabalhado.

Se na cultura familiar os filhos simplesmente ganham coisas sem que sejam levados a ter um sentimento de gratidão, eles crescerão achando que a vida é fácil, que as pessoas são obrigadas a bater em sua porta trazendo algum presente cada manhã e se sentirão muito injustiçados quando isso não acontecer.

Os pais devem educar os filhos de modo a que sejam pessoas agradecidas. A primeira aula ministrada deve ser o exemplo dos próprios pais. Se os filhos não ouvem os pais agradecerem um ao outro os favores e as gentilezas próprios do cotidiano da vida em família, fica muito difícil esperar que eles, de si mesmos, tenham essa atitude. Pais, com que frequência seu filho os ouve agradecendo? Se o exemplo dos pais é vital para ensinar o ato de agradecer, o que dizer quando esses mesmos pais conseguem mostrar apreço pela atitude dos filhos e lhes agradecem por elas? Isso seria inovador e pouco a pouco consolidaria, no caráter deles, a percepção de que devem ser pessoas gratas.

Muitos pais acham que, ao agradecer, enfraqueceriam a autoridade que têm sobre os filhos. Por isso, poucos reconhecem os favores que eles fazem dentro de casa. Se os pais não sabem agradecer aos filhos a toalha que lhes entregam, a xícara de chá que preparam e as sandálias colocadas a seus pés, como esperar que os filhos aprendam a arte de agradecer quando favores lhes são feitos?

Sentir-nos gratos por um favor retrata uma humanidade que está amadurecendo, como que admitindo que dependemos dos outros, que não podemos ter tudo, fortalecendo a ideia de família, grupo e sociedade. Além do mais, é um reconhecimento verbal e público de que as outras pessoas são importantes para nós. Sendo assim, os pais precisam ver, em cada situação, uma oportunidade para ajudar os filhos a agradecer. Não deixe passar; todas as vezes que a situação surgir, conduza seu filho a agradecer. Comece pelas pequenas coisas, que, aliás, são as primeiras a ser desconsideradas. Se o filho esquecer – e isso vai ocorrer muitas vezes –, lembre-o de que precisa voltar à pessoa que lhe foi generosa e dizer: “Muito obrigado” ou “Por tal gentileza, sinto-me na obrigação de agradecer”.

Outra forma de gerar nos filhos o sentimento de gratidão é levá-los a uma situação imaginária em que determinadas coisas que hoje eles têm poderiam nem existir. Pergunte: “Filho, já pensou que você poderia não ver, ouvir, falar, andar etc., como muitas pessoas que estão por aí?” Isso vai gerar neles uma sensibilidade que precisa ser explorada, com o incentivo de agradecer pelas partes do corpo que têm, pela casa onde moram e pela refeição que fazem todos os dias. Mesmo aquelas famílias que têm pouco podem estar à frente de muitas que, certamente, têm bem menos.

Pais, orem com os filhos para agradecer ao Senhor Jesus por mais um dia, por mais uma refeição e 
pela presença de cada membro da família.
 Isso aumentará a percepção e o sentimento de que precisam ser mais gratos por tudo. Aproveitem esta noite para ler com eles a história do único dos dez leprosos curados que “voltou, dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe” (Lucas 17:11-19).

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