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Irai-vos, mas não pequeis – Jornal Árvore da Vida

A vida familiar é carregada de emoções. Há momentos em que estamos gozando de alegria, contentamento e paz interior. Mas há momentos em que experimentamos emoções muito negativas como raiva, frustração e mágoa. O modo como oscilamos entre estes dois extremos depende do nível de graça que temos, da gravidade das circunstâncias que surgem e das pessoas que estão envolvidas. Mas é justamente quando nós, pais, estamos sob emoção negativa, sobretudo, da ira, que devemos nos cercar de mais cuidado. O que a Bíblia diz a respeito desse sentimento e como administrá-lo?

O Espírito Santo orientou Paulo a escrever o seguinte: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo” (Efésios 4:26-27). Vamos separar em porções esse versículo.

Quando a Bíblia diz; “Irai-vos”, ela deixa claro que essa carga de emoção pode eventualmente fazer parte de nossa vida. Ainda que sejamos cristãos, oremos, participemos das reuniões e leiamos a Bíblia, podemos ser surpreendidos por essa força. Nem todas as circunstâncias que envolvem a vida familiar são harmoniosas. Há muitas coisas que podem aborrecer os pais: a desobediência dos filhos; as companhias que eles têm; o tempo gasto diante da televisão, com jogos eletrônicos, com o celular e internet; a falta de interesse pelos estudos e, muitas vezes, o descompromisso com a Palavra de Deus. Sabemos que tudo isso pode gerar estresse, chateação, frustração, raiva e, por conseguinte, ira. A Bíblia não diz que não podemos nos irar, ela simplesmente faz três recomendações.

Não pequeis”. O problema não é ficar irado, mas permitir que a ira nos domine de tal maneira que venhamos a pecar. Não podemos evitar a ira ou tampouco bani-la como se fosse um objeto que podemos remover de um lugar para o outro. Contudo podemos evitar que ela nos domine. Quando os pais estão sob o domínio da ira, os problemas ficam muito maiores, a sobriedade cede espaço para reações negativas e aí, dominados por ela, pecamos. Falamos alto, agredimos com palavras, passamos a ter uma postura defensiva e acusativa e não expressamos Jesus quando estamos irados.

Não se ponha o sol sobre a vossa ira”. Podemos concluir, com essa parte do versículo, que sentir ira por um breve momento é inteiramente normal, mas permitir que ela perdure por muito tempo, não! Não devemos dormir irados. O sol não pode passar por sobre nós e depois se pôr e ainda continuarmos irados. Isso é muito perigoso, pois é exatamente aí que o inimigo de Deus acha brecha em nós e age. Voltemo-nos imediatamente ao Senhor,  para que Ele nos esvazie dela e nos encha com Seu Espírito, pois: “O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,  mansidão, domínio próprio”(Gálatas 5:22).

Nem deis lugar ao diabo”. A ira prolongada, curtida, adubada, alimentada e levada para o dia seguinte é a porta que o diabo precisa para poder agir na família

Precisamos conversar a respeito de nossos sentimentos. Em um lar os pais devem falar  desse assunto. Primeiramente ajudar os filhos a aceitar o fato de que podemos nos irar, mas que devemos administrar esse sentimento, não reprimi-lo. Devemos considerar o assunto diante de Deus. Podemos também ajudar nossos filhos a invocar o nome do Senhor. Nesse nome podemos encontrar consolo, alívio, paz, luz, confissão de pecados e perdão (Efésios 4:30; 5:8, 20, 21; 1 Coríntios 1:2, 3; Romanos 10:12, 13).

Pais, ao nos irarmos, vamos dar lugar a Jesus e não ao diabo. O Senhor sabe como lidar com a situação. Amém!

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