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Leia o texto que mostra a importância dos livros!

Pregação do Evangelho por meio dos livros

Vamos conferir um trecho do livro “É Tempo de Reedificar a Casa do Senhor” produzido pela Editora Árvore da Vida. O trecho traz o profeta Jeremias e Baruque e mostra a importância que a palavra escrita têm no plano eterno de Deus.

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O poder da palavra impressa

De forma muito prática, Deus tem levantado Seus servos por intermédio dos quais Sua Palavra é revelada. Atentemos para a importância de as palavras de Jeremias estarem registradas em livro. Se assim não fosse, como elas poderiam chegar ao conhecimento de Daniel e, depois, até Ciro? Graças ao Senhor, as profundas revelações de Sua Palavra hoje estão registradas em muitos e muitos livros cristãos saudáveis, cujo conteúdo nos ajuda a conhecer mais a vontade de Deus e Seu propósito. Essa é a grande importância da palavra escrita, pois seu alcance é ilimitado porque ultrapassa as barreiras do tempo e espaço. Valorizemos a Palavra de Deus que tem sido falada por meio dos Seus servos, os profetas de hoje!

Para registrar tudo que acontecia em sua época, o profeta Jeremias tinha um importante colaborador chamado Baruque. Isso está registrado em Jeremias 36. O objetivo de todas as palavras ditas por Jeremias e registradas por Baruque era apenas um: trazer ao conhecimento de todo o povo de Israel a situação da qual se encontravam, exortá-los e encorajá-los ao arrependimento, de modo que retornassem a presença de Deus. Essa era a esperança de Deus para Seu povo que se desviara. Deus estava pronto para perdoá-los e recebê-los.

Jeremias e Baruque foram fiéis em sua incumbência, e escreveram todas as palavras de Deus em livro. O livro foi lido na presença de todos os príncipes de Judá. causando neles uma profunda impressão positiva da Palavra, expondo-os diante de si mesmos; e eles, então, decidiram levar o livro na presença do rei, afim de que ele também tivesse o privilégio de ouvir o que Deus queria falar-lhes. Essa também deve ser a nossa atitude. Todos nós podemos testificar quanta ajuda temos recebido da palavra escrita. Não guardemos somente para nós os tesouros espirituais que nela encontramos. Aprendamos a compartilhar o que ganhamos, seja verbalmente ou por meio de livros que contenham essas riquezas.  Uma de nossas tarefas neste mundo é influenciar com a Palavra de Deus todas as pessoas de todas as classes sócio-econômicas, faixas etárias, raças e nações, na expectativa de que elas se convertam a Deus e passem a trilhar Seus caminhos. Como os príncipes de Judá, sejamos os primeiros a serem ajudados e impressionados com a Palavra, para depois ajudar e influenciar outros com ela.

Quão privilegiados são os que têm a chance de ouvir a Palavra de Deus! Mais bem-aventurados ainda são os que a ouvem, leem e praticam. Essa deve ser a nossa atitude e reação para com a Palavra de Deus. Se muitos tivessem acesso à Palavra revelada de Deus, a vida deles jamais seria a mesma. Quanto benefício espiritual temos alcançado graças a essa Palavra! A Palavra de Deus nos liberta de todo cativeiro e encoraja-nos a prosseguir em Seus caminhos. É ela que nos provê a vida divina para a restauração da casa do Senhor hoje, para o testemunho da unidade de Seus filhos aqui na terra. Portanto, além de desfruta-la devemos divulga-la.

Embora a reação dos príncipes de Judá às palavras que ouviram tenha sido positiva, o rei Jeoaquim não reagiu da mesma forma. Que fez ele depois da leitura do livro feita por Baruque? Cortou o livro com um canivete e queimou-o no fogo. Com isso o rei não só trouxe prejuízo para si mesmo como também para todo o povo. Por desprezar a Palavra de Deus e fazer pouco caso dela, sobreveio-lhe o castigo. O mesmo ocorreu com o rei Zedequias. Jeremias advertiu-lhe acerca de muitas coisas; ele estava ali com seus ouvidos atentos, porém não praticou nada que ouviu. Resultado: sofreu todas as duras consequências da desobediência.

A palavra e a restauração

Mas Deus jamais desiste. O livro foi queimado, mas outro, com as mesmas palavras, foi escrito por Baruque a quem Jeremias ditou tudo novamente, por ordem do Senhor. Era dessa forma que Deus poderia ter caminho em Seu propósito. Se o livro de Jeremias não fosse reescrito, a restauração não poderia acontecer. Jeoaquim não ouviu, mas outro rei, mais adiante, tomaria conhecimento dessas palavras e traria libertação para todo o povo. Daí a importância da Palavra impressa que, em algum momento, pode alcançar as pessoas e trazer-lhes mais clareza acerca da vontade de Deus para a sua salvação, com vistas ao cumprimento de Seus propósito eterno.

Jeremias foi um dos profetas mais importantes para a restauração. No capítulo 21 de seu livro, vemos a profecia dos setenta anos de cativeiro. Ele mostrou, em detalhes, que Judá serviria a Babilônia por setenta anos exatos. Ao cumprir-se esse período, Babilônia seria castigada por outros povos, tornando-se escrava deles. Foi exatamente o que ocorreu. Babilônia foi sitiada e tomada pelo reino medo-persa, cujos reis eram Dario, da Média, e Ciro, da Pérsia. Nessa época vivia o profeta Daniel, que participou da transição do reino babilônio para o reino medo-persa. Conforme o arranjo soberano de Deus, Daniel foi alguém importante dentro do reino por ser fiel e ter um espírito excelente. Dario, rei medo, tornou-se grande amigo de Daniel, que prosperou em seu reinado e no reinado de Ciro, rei da Pérsia.

De acordo com os primeiros versículos de Esdras, Ciro, rei da Pérsia, teve o espírito despertado por Deus para passar pregão por todo seu reino a fim de promover a libertação do povo de Israel. Os judeus que quisessem poderia retornar a Jerusalém para reedificar o templo e a cidade. Como Ciro, um rei gentio, cujo deus não era o Deus verdadeiro, pôde ser despertado para libertar o povo de Israel da escravidão de Babilônia? Como ele soube da vontade de Deus? Por meio de Daniel. Tudo indica que Daniel teve acesso a Ciro por intermédio de Dario. Daniel era um homem de oração e profundo conhecedor das escrituras. Em Daniel 9:1-2, vemos Daniel descobrindo, nos escritos de Jeremias, que o tempo de setenta anos determinado para o cativeiro havia chegado ao fim. Portanto, para o cumprimento de Sua palavra, Deus preservou Daniel para esse momento tão crucial. Tudo estava sob o arranjo soberano de Deus em prol da restauração de Seu povo, de Seu templo e de Sua cidade.”