Devemos filtrar os conselhos recebidos – Jornal Árvore da Vida
Muitas vezes, ao passar por crises no casamento, somos tentados a desabafar com amigos e vizinhos ou buscar sua ajuda e conselhos. Todavia até que ponto devemos acatá-los? Se os assuntos apresentados são sérios, e não temos clareza de qual é a vontade do Senhor acerca deles, devemos seguir alguns princípios que nos nortearão.
Por mais brilhantes que pareçam, os conselhos ou palavras desses “amigos” devem sempre ser verificados à luz das Sagradas Escrituras. Esse foi o princípio usado pelo Senhor Jesus ao ser questionado sobre vários assuntos.
Certa vez Ele disse aos fariseus, intérpretes da lei de Deus, com respeito ao divórcio por qualquer motivo: “Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?” (Mateus 19:3-5). Vemos aqui dois erros comuns: eles interpretaram a Palavra de Deus de acordo com a própria conveniência, e não voltaram ao princípio, ao projeto original de Deus, para embasar suas decisões.
Em outra situação, ao ser tentado pelo diabo, Jesus fez uso das Escrituras para vencê-lo: “Está escrito” (Mateus 4:4). Vencido na primeira, o inimigo procurou seduzir o Senhor na segunda vez, mencionando uma passagem das Escrituras. Ao que Jesus lhe respondeu: “Também está escrito” (v. 7). Então, buscando ainda subjugar a Jesus, lhe ofereceu todos os reinos do mundo e a glória deles. Mas o Senhor, novamente, firmado na Palavra, respondeu: “Retira-te, Satanás, porque está escrito…” (v. 10). Vemos aqui que jamais devemos usar a Palavra de maneira conveniente a nossos desejos, tampouco fora do contexto, para nos poupar de algum sofrimento, ou nos dar algo que Deus jamais nos daria. Há vários outros exemplos de Jesus usando as Escrituras ao ser questionado por assuntos como: o dia de sábado, a ressurreição e o grande mandamento da lei (12:3, 5; 22:29; 37-39).
Outro princípio importante para verificar os conselhos das pessoas é perceber se, além de estarem de acordo com as Escrituras, sentimos vida e paz. Ou seja, se interiormente o Espírito de Deus aprova ou não. Quando Ele aprova, sentimo-nos fortes, leves, tranquilos, seguros e conseguimos orar sem nenhum impedimento. Caso contrário, se o que ouvimos provoca em nós angústia, fraqueza espiritual, trevas, intranquilidade, e não conseguimos orar ao Senhor sobre isso, é sinal de que a morte está operando (Romanos 8:4-6). Sendo assim, não devemos acatar passivamente o que as pessoas nos dizem, pois elas podem ser usadas pelo inimigo de Deus para dizer o que nossa carne quer ouvir. Antes devemos orar a respeito do que delas ouvimos e perguntar ao Senhor o que Ele pensa sobre o assunto.
Caso não tenhamos clareza do que as Escrituras dizem ou da aprovação interior de Deus, devemos ainda buscar a comunhão com irmãos em Cristo mais maduros que nós. Isso é necessário principalmente para aqueles que são novos na fé. Dessa maneira nossa atitude não será de acordo com o que o diabo quer que façamos ou segundo o que nossa carne deseja, mas serão consoantes à vontade de Deus.
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