A plena salvação de Deus – Jornal Árvore da Vida
Conhecendo a si mesmo
A vida cristã inicia-se com a salvação. Para entender bem a salvação, precisamos conhecer a diferença entre espírito e alma. De acordo com 1 Tessalonicenses 5:23, o homem é constituído de três partes: espírito, alma e corpo. Resumidamente falando, o espírito é o órgão por meio do qual contatamos Deus e temos comunhão com Ele. Jó 12:10 diz: “Na sua mão [de Deus] está a alma de todo ser vivente e o espírito de todo o gênero humano”. Esse versículo claramente apresenta uma diferença vital entre o homem e os animais, estes chamados aqui de “seres viventes”; somente o homem possui espírito, por meio do qual pode comunicar-se com Deus. Em Jó 32:8 lemos: “Na verdade, há um espírito no homem, e o sopro do Todo-Poderoso o faz sábio”.
Hebreus 4:12 diz que “a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas”. Novamente a Bíblia mostra haver distinção entre alma e espírito, havendo, até mesmo, a necessidade de serem separados e distinguidos. Enquanto a principal função do espírito é receber Deus e possibilitar-nos ter comunhão com Ele, a alma, por sua vez, é o órgão onde estão nossos pensamentos, emoção e vontade. Podemos dizer que a alma é nossa personalidade, onde estão nossas características psicológicas que expressamos por meio de nosso corpo. Portanto, alma e espírito são diferentes, com funções bem distintas e é preciso conhecer isso a fim de termos uma vida cristã vitoriosa e saudável, bem como alcançarmos a plena filiação.
O primeiro estágio: regeneração
A plena salvação de Deus tem três estágios. O primeiro estágio é a regeneração, é o novo nascimento, que ocorre quando aceitamos o Senhor Jesus como nosso Salvador e nossa vida. Nesse estágio, Deus nos justifica por meio da redenção de Cristo (Romanos 3:24-26) e nos regenera em nosso espírito, dando-nos um novo nascimento por meio de Seu Espírito (João 3:3-6).
O primeiro estágio da salvação ocorre em nosso espírito. Por causa da queda do homem, estávamos mortos em nossos delitos e pecados (Efésios 2:1). Obviamente nosso corpo não estava morto, tampouco nossa alma, pois nossos pensamentos e emoções são tão vivos. Portanto, estávamos mortos no espírito. Isso significa que estávamos incapacitados de ter comunhão com Deus, estávamos afastados Dele. Assim, a fim de podermos ter contato com Deus, o primeiro passo necessário era que nosso espírito fosse vivificado, o que ocorreu com a regeneração.
Ser regenerado significa nascer de novo, nascer de outra vida (a expressão “de novo” em grego também poder ser traduzida para “do alto”), ter uma nova origem. Como não havia vida em nosso espírito, era necessário que nascêssemos do Espírito Santo (João 3:6). Nascer do Espírito significa que Deus usou Sua própria vida a fim de regenerar-nos em nosso espírito. Por estarmos mortos, era preciso que uma nova vida entrasse em nós. Como a vida de Deus é eterna, o resultado de termos sido regenerados é que recebemos a salvação eterna e a vida eterna de Deus (Deuteronômio 32:40; Hebreus 5:9; João 3:15). Assim, todos os cristãos genuinamente regenerados pelo Espírito já receberam a salvação de Deus. É preciso enfatizar que a salvação não é meramente um presente que ganhamos de Deus, mas é Sua própria vida que entrou em nosso espírito.
Além disso, ao recebermos a salvação e a vida eternas, tornamo-nos filhos de Deus e jamais pereceremos. Por ser essa uma salvação eterna, uma vez salvos o somos para sempre (João 1:12-13; 10:28-29).
Pela salvação, a vida eterna de Deus entrou em nós. Perder a salvação significa que a vida de Deus seria tirada de nós ou que deixaria de ser eterna. Isso é impossível! Se entendermos a salvação apenas como um “presente” de Deus, perder a salvação significa que, por termos feito alguma coisa errada, perdemos o direito de manter esse presente conosco. Isso torna a salvação resultado de nossos méritos, o que é contrário ao ensino claro da Bíblia. A salvação, a regeneração, é por fé, não por obras, não por méritos, não pelo que fazemos ou deixamos de fazer (Efésios 2:8-9), o galardão, porém, é por obras (1 Coríntios 3:8,14; Apocalipse 22:12).
Que tal agradecermos ao Senhor hoje mesmo pelo grande amor com que nos amou. Estávamos mortos e Ele nos deu vida. Alguém poderia ter-nos dado algo melhor? Com certeza não. Vamos orar: “Senhor Jesus, muito obrigado pela vida que me deste. O Senhor me salvou e me deu vida, uma vida que vem do alto. Muito obrigado. Eu não merecia, mas ainda assim o Senhor quis me salvar e me dar Tua vida eterna. Sou grato ao Senhor por isso”. Continuaremos na próxima edição a desenvolver este assunto. Discorreremos sobre os outros dois estágios da salvação: a transformação de nossa alma e a glorificação de nosso corpo. Não perca!
(Extraído e adaptado do livro, O Grande Prêmio, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.)
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