O sofrimento humano – Jornal Árvore da Vida
“Ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto” (1 Tessalonicenses 3:3).
Estamos cercados por sofrimentos. Por todos os lados há alguém sofrendo. Não há escapatória: ou já sofremos, ou estamos sofrendo, ou ainda haveremos de sofrer. Isso não é um presságio; é a descrição da realidade que cerca ricos e pobres, cristãos e não cristãos. Podemos conseguir a melhor profissão e o melhor salário, o mais alto diploma, e a ciência médica pode atingir picos inigualáveis de conhecimento científico; mesmo assim, o sofrimento e sua “filha”, a dor, sempre terão o poder de atemorizar o homem e fazê-lo padecer.
Paulo precisou escrever duas epístolas para a jovem igreja dos tessalonicenses para poder ajudá-los a passar pelos sofrimentos que acometiam a comunidade inteira. Se você passa por algum tipo de sofrimento e precisa de consolo, essa carta é também para você. Não são muitos os cristãos que conseguem ter a experiência do Senhor, que andava no vento rijo e no mar empolado (João 6:16-21). O experimentado Paulo queria levar a jovem igreja à percepção espiritual de que eles todos estavam em Deus Pai.
Por que na vida humana há tantos sofrimentos? Será que foi assim desde o princípio? Haverá uma época em que a dor deixará de importunar o ser humano? Na gênese dos céus e da terra e do próprio homem, as coisas não eram bem assim. Quando o Deus de amor criou o homem, Ele antes cuidou de lhe criar um jardim, cujo nome era Éden. O significado da palavra Éden no hebraico é prazer, delícias. Você pode notar que a intenção de Deus, desde o começo, era dar ao homem uma vida cheia de prazer, uma vida destituída de tribulação, tristeza, sofrimento e dor.
Na terra, era no Éden que Deus se encontrava com o homem (Gênesis 3:8). Você acha que o jardim era o que era, prazeroso e tranquilo, porque nele havia bosques frondosos, rios límpidos, pássaros canoros e ausência de trabalho? Certamente que não! Isso era somente o cenário externo. O bosque, os rios e os pássaros eram bons de ver, ouvir. Mas, estritamente falando, o motivo vital de o jardim ser prazeroso era que Deus estava ali na virada do dia. Era a presença de Deus que deixava o jardim ser um Éden. Definitivamente não existe prazer fora da esfera de Deus.
Os sofrimentos passaram a ser uma constante na vida humana a partir do momento em que o homem foi enganado pelo Diabo, e Deus precisou expulsá-lo do jardim. Os cardos e os abrolhos, o suor do rosto e a volta à terra – expressões poéticas para descrever labor e morte – passaram a ser os ingredientes do cardápio amargo da dieta humana (3:17-19). Essa é a razão do sofrimento generalizado. Foi a serpente astuta e o homem tolo que trouxeram o sofrimento para a terra. Mas o Deus de amor é insistente e tem feito de tudo para devolver ao homem o paraíso perdido. E esse paraíso veio em Cristo.
Você já notou que, no Novo Testamento, onde o Senhor estivesse, a sede, a fome, a enfermidade, a dor e a própria morte não podiam estar? Não há harmonia entre o Senhor e essas coisas. Onde estava o Senhor, ali estava o paraíso. Enquanto o Senhor não retorna, em vez de blasfemar nos momentos de dificuldade e de sofrimento que certamente sempre chegam, devemos, como Paulo e Silas, no cárcere, cantar um hino novo ao Senhor (Atos 16:19-26). Que tal usarmos as tribulações para aprender a ter perseverança e, pela perseverança, a experiência e, pela experiência, a esperança? Se aprendermos com os sofrimentos que estão designados a todo mortal, poderemos ser surpreendidos em ver o Deus de amor nos conduzir para um lugar onde Seus filhos “jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” (Apocalipse 7:16-17).
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