O princípio das dores – Jornal Árvore da Vida
O mundo tem presenciado atônito uma série de desastres naturais extremamente devastadores. Nos últimos meses, milhões de pessoas foram afetadas por catastróficas enchentes no Paquistão e terremotos na Nova Zelândia. Mais recentemente, um terremoto com magnitude de 8,9 graus na escala Richter assolou a costa nordeste do Japão gerando um tsunami de dez metros que comprometeu seriamente as cidades litorâneas próximas ao epicentro.
Assistimos nos principais noticiários as manchetes que mostravam o terror infligido pelas águas que invadiam as cidades arrastando tudo o que estava pela frente. Além dos milhares de cidadãos japoneses que perderam tudo o que tinham, estima- se que mais de dez mil pessoas tiveram suas vidas ceifadas. Como se não bastasse, as usinas nucleares na cidade de Fukushima também foram danificadas, gerando um grave vazamento radioativo que atingiu lençois freáticos, a água do mar e alimentos como vegetais e leite.
Todos esses acontecimentos nos vêm lembrar que estamos no princípio das dores. Como filhos de Deus, não podemos ignorar a conjuntura em que o Mundo se encontra hoje e o que o Senhor deseja nos falar.
No evangelho de Mateus lemos que os discípulos de Jesus O indagaram quanto ao sinais da Sua segunda vinda e da consumação do século. O Senhor, então, lhes respondeu: “Certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores” (24:6-8).
Sabemos que nos últimos três anos e meio desta era ocorrerá a grande tribulação (Mateus 24:21), momento onde haverá grande dor para os que não creram em Cristo ou que não amadureceram suficientemente. As guerras e os terremotos são apenas o princípio do que há de vir. É como se o Senhor estivesse nos lembrando, com os sinais exteriores, que esse mundo está muito próximo de ser julgado.
Após mencionar os aspectos exteriores que precederiam a Sua segunda vinda, Jesus acrescentou: “Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (10-12).
Não apenas os desastres naturais nos indicam a proximidade do fim mas também a crise dos relacionamentos interpessoais. Nos nossos dias presenciamos um egoísmo exacerbado, onde os interesses individuais sempre prevalecem sobre os dos outros. Por conta do ódio é cada vez mais comum a traição no âmbito familiar e profissional, o que gera ainda mais rancor. Falsos profetas nos apresentam novos valores que na verdade são contrários à palavra de Deus. O resultado é que a iniquidade se multiplica rapidamente, levando muitos a perderem o amor.
Ainda no capítulo 24 de Mateus o Senhor compara os dias de Noé com os dias da vinda do Filho do Homem: “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem”(37-39).
Vemos que antes de julgar a terra com as águas do dilúvio, a sociedade estava extremamente corrompida à vista de Deus e cheia de violência (Gênesis 6:1). Assim como hoje, poucos eram os que temiam e buscavam a Deus de forma genuína. Além disso, outra característica marcante daquela sociedade que podemos ver claramente hoje era o desprezo pelo significado puro e duradouro do casamento.
Nós, os que cremos, não somos néscios quanto aos acontecimentos que precedem o fim dos tempos. Todos temos visto, por meio dos desastres da natureza e pela corrupção da humanidade, que o princípio das dores já se iniciou. Em razão disso, não podemos ser meros espectadores, observando tudo acontecer sem qualquer sensibilidade em nosso espírito. Precisamos perseverar em seguir o Senhor e cumprir a comissão que nos foi dada por Ele: pregar o evangelho do reino. Então virá o fim (Mateus 24:13-14).
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