O PERIGO DA SOBERBA
O mundo de outrora estava sob o governo dos anjos. O capítulo 28 de Ezequiel se refere a Lúcifer e mostra que Deus o ornamentou com muitas pedras preciosas. Essas pedras representam sua capacidade e também os dons concedidos por Deus a fim de que governasse a primeira criação (v. 13). Além disso, Lúcifer foi ungido querubim da guarda (v. 14) e era perfeito em todos os seus caminhos (v. 15).
Isaias 14 descreve Lúcifer como a estrela da manhã (v. 12). Embora fosse um anjo de luz perfeito, havia em seu coração uma intenção impura: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (vs. 13-14). O seu interior se encheu de violência, seu coração se elevou, e, pela multiplicação de suas iniquidades e injustiça de seu comércio, profanou o santuário de Deus (Ezequiel 28:16-18).
Essa é uma importante lição para a qual devemos atentar. Nossas habilidades naturais são dons concedidos por Deus. Jamais devemos nos orgulhar, achando que somos autossuficientes. Tudo o que temos e somos, recebemos do Senhor, e a Ele devemos nossa eterna gratidão. Não devemos nos ensoberbecer quando temos sucesso, mas reconhecer que, pela graça divina, recebemos capacidade e sabedoria. Lúcifer passou a acreditar que sua capacidade provinha de si mesmo, exaltando seu ego, sua capacidade natural e suas opiniões. Veja o que o apóstolo Paulo disse: “Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus” (2 Coríntios 3:5).
Portanto, se Deus nos deu capacidades, não nos deixemos ser tomados pelo orgulho. Do contrário, fatalmente iremos ambicionar posição, honras e glória devidas somente ao Senhor.
Lúcifer era um dos três principais arcanjos, porém não estava satisfeito com a honrosa posição que Deus já havia lhe dado e, por causa de seu orgulho, ambicionou algo superior.
Ele admirava tudo o que fazia, esquecendo-se de que sua capacidade vinha de Deus e tudo o que realizava era resultado dos dons concedidos a ele pelo Senhor. Conforme os versículos 13 e 14 de Isaías 14, Lúcifer desejava exaltar seu próprio trono, seu governo, acima das estrelas de Deus, a ponto de ser semelhante ao Altíssimo. Ele se exaltou, e Deus o lançou do céu para a terra (vs. 12, 15).
É necessário que percebamos que primeiramente Lúcifer falhou em sua própria alma, em seu coração. Após ser lançado por terra, esse arcanjo tornou-se Satanás, o adversário de Deus, e usurpou a terra. O próprio Senhor Jesus chamou Satanás de “o príncipe deste mundo”. Portanto o que ocorreu com Lúcifer é para nós uma forte advertência para que não caiamos no mesmo erro dele: orgulhar-se e se ensoberbecer ( João 16:11).
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