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REDES DO MUNDO VS A REDE DIVINA

“Não é bom que o homem esteja só.” (Gênesis 2:18). A primeira análise comportamental acerca do homem foi apresentada pelo próprio Deus em Gênesis. Embora a solução para aquele momento tenha sido a criação da mulher como sua auxiliadora idônea, podemos constatar de modo mais amplo, através da própria história e natureza humana, que o homem não foi criado para viver sozinho, pois o Senhor mesmo o criou com essa necessidade.

Por essa razão, é absolutamente normal ansiarmos pela companhia de outras pessoas, familiares, amigos etc. Contudo, ainda que essa necessidade seja inerente à natureza humana precisamos ser cuidadosos, pois Satanás é perito em usar nossas necessidades naturais para nos enganar e nos afastar do Senhor. Quando nossa saúde espiritual não está bem, nossas necessidades naturais facilmente transformam-se em paixões carnais.

O homem sempre buscou evitar a solidão de várias formas. Com o surgimento das redes sociais nos últimos anos, muitos cristãos acreditam ter encontrado um meio de não mais se sentirem sós. De uma maneira cômoda e sem esforço algum você fica diante de uma tela em contato com várias pessoas espalhadas por todo o mundo. Podemos manter contato e jogar com os amigos, ter comunhão com os irmãos, conhecer e reencontrar pessoas. Entretanto, é importante considerarmos quais são os reais benefícios proporcionados por essas ferramentas e até que ponto nosso convívio virtual é saudável para nossa mente e espírito.
Sem dúvida alguma, esse avanço tecnológico foi uma grande conquista da humanidade, sendo extremamente útil para Deus. Cada dia fica mais fácil estar conectado às redes sociais através de aparelhos e dispositivos móveis. Tal comodismo tem proporcionado aos seus usuários um isolamento cada vez maior, ainda que estejam em contato virtual com várias pessoas. Isso tem prejudicado sensivelmente o viver normal de muitos cristãos na igreja.

Em se tratando da vida normal da igreja, quando lemos o registro de Atos 2:46, vemos um excelente modelo de como deve ser nossa convivência com os santos. Os irmãos perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam suas refeições com alegria e singeleza de coração. Jovens, precisamos ter cuidado para que nosso viver da igreja não seja apenas virtual, pois devemos buscar a comunhão com os santos, apresentando nosso corpo como sacrifício vivo (Romanos 12:1). Isso significa que nossa presença física é indispensável em nosso serviço ao Senhor, e a convivência virtual jamais pode substitui-la.  Quantos acabam condicionando sua vida espiritual, social e familiar a esses ambientes virtuais? Muitos jovens acabam se iludindo por tentarem sustentar uma vida espiritual nos meios virtuais, todavia na realidade não conseguem resistir às paixões da mocidade.  Ainda que muitos tenham a intenção de evangelizar as pessoas nas redes sociais, inevitavelmente esses ambientes nos expõem às várias tentações e coisas negativas, pois, na verdade, nesses ambientes estamos sozinhos. Por isso, infelizmente, muitos jovens naufragam na fé, por não preservarem a boa consciência (1 Timóteo 1:19), sendo enredados por más conversações que acabam corrompendo os bons costumes (1 Coríntios 15:33). O verdadeiro exercício dos dons somente pode ser desenvolvido na comunhão da igreja, onde somos guardados por estarmos juntos com os que de coração puro invocam o Senhor (1 Timóteo 2:22).

O fato de darmos testemunho como cristãos em nosso perfil virtual, não substitui nossa necessidade de nos consagrarmos e de apresentarmos nossos dons na comunhão com os santos. Que o Senhor nos guarde de sermos enredados pelas sutilezas do mundo, e nos faça permanecer na rede divina, conectados ao Senhor pelo espírito e aos irmãos pela comunhão.

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